sábado, 10 de setembro de 2011

Nascimento do senso crítico.







Dr. Aberillard Tierre, doutor em sociologia e antropologia pela universidade de Bernafield, Suíça. Também exímio pianista e dançarino de frevo. (1939-2011)




  Novamente eu estava fuçando meu acervo favorito de artigos científicos da internet durante o chá das cinco, o banco de dados "Extremely difficult scientific articles even if you are a genious", que contém os mais refinados escritores do meio acadêmico e me deparo com um personagem um tanto curioso, um teórico que eu nunca tinha ouvido falar.

  Abeillard Tierre é atualmente considerado um gênio da antropologia e sociologia dentro da área do auto-questionamento.

   Dr. Tierre começou a escrever seu primeiro artigo com apenas 12 anos de idade, porque se questionava em dever só escrever um artigo dentro da faculdade depois de absorver certo conteúdo, estranhamente quando entrou na faculdade Tierre não produziu coisa nenhuma com relação a sua área, alegando ser uma acomodação, escreveu  longamente sobre o orvalho da manhã, chinelos de dedo, formas de se livrar da cutícula e o que aconteceria com um ser humano se usasse uma mesma peça de roupa por muito tempo, pra ser exato por 42 dias*.

  Abeillard durante seu mestrado desenvolveu centenas de artigos sobre o nascimento do senso crítico em diversas situações na vida de um indivíduo, trazendo isso para sua vida pessoal.

  Com 29 divórcios, 19 relacionamentos homoafetivos, 15 com outras espécies (nesse período ele escreveu belos poemas relacionando cabritas e cabritos também), 3 relacionamentos com a mobília e um com um cadáver praticamente decomposto.

  O questionamento sobre a sociedade estava no sangue de Tierre, ele também foi presos diversas vezes ao tentar quebrar os padrões vigentes de vestimenta ao passar 5 meses somente usando uma camisa tamanho p e um par de meias enquanto lecionava na faculdade e por ultimo ao tentar demonstrar a liberdade do nudismo para um mendigo retirando as roupas do coitado em pleno inverno finlandês e assim foi preso. O mendigo na verdade morreu de hipotermia, ao tentar puxar de volta suas roupas e caindo em um lago congelado.

  Tristemente, esse sofisticado autor morreu neste ano enquanto fazia palestras criticando os hábitos alimentares da sociedade alegando que vivemos em uma ditadura exagerada oriunda das empresas alimentícias e que o ser humano seria capaz de viver só com um pedaço de salame e uma dose de rum por semana, porém não foi a dieta que o matou, os amigos do mendigo congelado o espancaram com chaves de fenda, tábuas e um pedaço de pão duro.

* Depois eu encontrei em uma nota de rodapé de uma biografia de Abeillard, nela diz: "As roupas de baixo depois de 42 dias de uso constante adquirem uma curiosa capacidade de aderência, se você as arremessa contra a parede e elas grudam dai você pode trocar ou virar do avesso, caso contrário permaneça com a mesma. ("Uma Experiência de Abeillard: 42 Dias Sem Trocar de Roupa e Praticando Esportes Frenéticamente" - A.R. Denis - Guilten Town - 1980).

4 comentários:

Magamesk disse...

Eu tinha me esquecido de como é bom ler os seus textos. ;)

TiTa disse...

Gosto de crônicas.
Gosto do que você escreve.

Anônimo disse...

João, meu melhor amigo, faz tempo que não escreve alguma nova crônica!

Felizardo Tchiengo Bartolomeu Costa disse...

Gostei muito deste texto João,ele é fascinante. A propósito, meu blog é: www.tyengo.blogspot.com. Abs