quinta-feira, 22 de julho de 2010

Crepúsculo, por A. Stoker.

  As espessas nuvens de outono cobriam o céu da pequena clareira na floresta onde estavam Edward e Bella Cullen. Sentia o cheiro das flores trazido pelo vento a grandes distâncias, já havia se habituado bem com seus novos sentidos, ouvia a doce voz de Alice como pequenos sinos a murmurar uma melodia, os passos fortes de Emmett contra o assoalho e o riso polido de Carlisle pela manhã.
  Edward sorriu e a abraçou em silêncio.
  O manto cinza das nuvens começava a dar passagem para os primeiros raios de sol que banhavam o vale. Observou o rosto de Edward quando o sol o tocou.

  Um rugido vindo das entranhas do inferno saltou da garganta do vampiro enquanto uma implosão incandecente emanava de seu corpo recontorcido de dor, logo novas ondas de gritos e berros podem ser escutos vindo de todos os cantos da residência, somente Bella, recolhida por um medo instintivo contra um tronco de uma alta árvore observava incrédula seu amado se tornando cinzas sem mais forças a não ser para soltar pequenos gemidos finais de dor.
  Se sua mente não estivesse em choque estaria tentando pensar em como escapar dos novos raios solares que se abriam ou estaria pensando: Como tamanha tragédia pode acontecer! O que havia mudado?
  Mas a resposta somente um irlandês sabia, Bran Stoker havia reescrito o final.

domingo, 18 de julho de 2010

Filmecos

  A quantidade de filmes e livros que andam aparecendo sobre vampiros é extraordinário eu imagino os roteiristas de Hollywood:

  Seis homens sentados em diversos sofás espalhados aleatoriamente em uma gigantesca sala de jogos com um enorme estoque de wisky em cima de uma mesinha redonda central, um homem mais gordo e careca olhando uma grande janela sem pensar em nada somente fazendo uma pose para a maioria e um magrelo de roupas pretas e cachecol bebiricando apoiado com uma mão em uma mesa de sinuca também não pensando em nada, a não ser que pela postura do amigo gordo ele deve estar tendo uma idéia genial.
  Afundado em um sofá chersterfield caqui no canto da sala estava Tom. Tom sabia que aquela era a oportunidade que precisava para tirar seu nome da lama depois de fazer três filmes seguidos sem vampiros.   
  Os seus filmes falavam de temas que não eram vampirescos, alguns amigos mais próximos encorajaram Tom, mas a multidão de expectadores desaprovou com ódio e violência a coragem do roteirista.
  - Que tal fazermos um filme sobre dois cowboys? - Tentou Tom.
  - Hm, mas só isso, tipo bang-bang, dai já tem um monte né. - Respondeu a empregada que até então encerava o piso despercebida.
  Todos concentiram.
  - Mas se fosse cowboys em hoje em dia, tentanto administrar uma fazenda.
  As orelhas do gordo posudo ficaram mais atentas. Se esse gordo posudo que dispenso o nome nesta narrativa, sabia de alguma coisa era, quando um vencedor de Oscar estava por vir.
  - Continue.
  -  E se ele treinassem um time de baisebol local com um jogador deficiente.
  - Esta ficando interessante - Disse a empregada.
  - E que fossem homossexuais. - Continuou Tom. - Lutando contra toda uma sociedade interiorana por isso, e finalmente...
    As orelhas do gordo posudo estremesseram.
  Tom, quebrando tudo que acreditava sobre cinema tinha de ceder, afinal de contas, não aguentava mais morar com sua mãe e comer ovo cozido.
    -  E que fossem vampiros. - Disse fingindo entusiasmo!
    Uma enorme chuva de aplausos recaiu sobre Tom, como a primeira chuva de verão cai sobre peregrinos israelenses. Depois de algum tempo Tom ganhou o Oscar de melhor roteiro, comprou uma casa, dormiu com a empregada e pagou uma cirurgia para recolocar a orelha do gordo posudo no lugar, ele não tinha um tique na orelha em respeito a bons palpites, ele tinha lepra.

  Eu poderia citar uma lista gigantesca de filmes sobre vampiros que andam saindo nesses ultimos tempos, mas os que me chamaram a atenção foi de um curioso australiano chamado Dornan Loy, seus títulos traduzidos são: "Enfiando Minha Estaca Em Você", "Suruba Com Um Vampiro" e " A Rainha Dos Ensaboados".

  Imagino que depois de ler isso aqui você vai correr procurar os filmes do senhor Loy né XD

  Tá bom, tá uma crônica confusa, tá, mas isso é problema meu.

sábado, 3 de julho de 2010

Emputecido.

  Normalmente nunca escrevo desabafos, mas essa é uma excessão, são quase três horas da manhã e to muito irritado.

  Acho que todo mundo tem um amigo chato, metido a ser mais inteligente do que a maioria e fazendo questão de mostrar isso pra todo mundo, eu por sorte não tenho, nunca tive paciência pra qualquer tipo de exibicionistas, seja intelectuais, nerds, religiosos ou mesmo comedores de guardanapos punks pregadores do cristianismo.
  A pouco tempo eu conheci uma garota bonita, legal e com muitos interesses em comum e começamos a discutir sobre tudo, religião, política e filosofia.
  Pouco tempo depois o pai dela entrou na discussão.
  Infelizmente eu tenho o perfil de nerd, óculos, magrelo, alto e por ter esse perfil as pessoas pensam que sou esperto e não foi diferente com o pai dessa menina, ele estava escutando nossa conversa e na primeira oportunidade entrou nela, até então normal.
  A medida que a discussão se desenvolvia eu reparei que ele só tava questionando pra mostrar quem era o "Nerd Macho Alpha".
  Absolutamente tudo que ele dizia ele se contrariava e tendenciava meus argumentos a interpretação dele, e o pior, as meninas ao lado concordavam (motivos parentais).
  Não sei se me admiro com a notável capacidade dele de persuadir os interlocutores só com o tom de voz ou pelo fato dele conseguir me chamar de arrogânte e de dizer que eu me achava o dono da verdade sem ser direto.
  Eu dizia que tudo é relativo e ele usava a religião como um presuposto de uma verdade absoluta e usava de filologia pra dar a base da sua explicação, o que não mudava o fato de continuar a teimar em dizer que a religião era verdade absoluta....mostrar pra ele o que ele estava fazendo era como dizer ao um mulçumano no seu leito de morte de que não tem uma penca de virgens esperando pra trepar com ele eternamente no paraíso...e acreditem eu sei o quanto é difícil, meu avô era mulçumano...
  Eu percebendo o que ele queria, marcar o território, falei que o amigo ao lado era um gênio e ele poderia resolver tudo muito rápido, e resolveu mesmo.
  Ele concordou com absolutamente tudo que esse amigo disse, porém ele não sabia de uma coisa, esse amigo do lado é extremamente distraído, um DDA inveterado que pouco da nossa conversa passava na sua cabeça no momento, e ele se deixou convencer por esse DDA maroto e suas filosofadas voadoras.
  Bom, essa crônica não tem um fim, porque não é uma crônica.

  1 - Não me encham o saco querendo provar alguma coisa pra mim ou sei lá pra quem me usando como escada.
  2 - Não ligo a mínima pra saber o quanto inteligente você é ou seus dons.
  3 - Não venham tentar me criticar dizendo o que eu deveria fazer com minha vida, cada um de nós temos nossos pontos de vistas diferentes e sabemos o que é melhor para cada um, afinal, cada um de nós é um universo repleto de singularidades.
 
 Sabe, se você percebe que a pessoa não está disposta a discutir e sim persuadir nem comece a conversa, fale do jogo, de malhação, de como as calças hoje em dia andam coloridas, sabe, esse tipo de coisa, é bem melhor.
 E não dependam de um amigo DDA para te ajudar em discussões ele só vai se manifestar depois de 2 horas do ocorrido e falar que o cara na verdade só tava se contrariando.
 To bravo, lógico que to, tente mostrar claramente pra algumas pessoas que um mais um são dois enquanto alguém tá subindo na sua costa e pra afirmar sua masculinidade intelectual sobre todos os ouvintes possíveis, enquanto cabecinhas concordam afirmativamente sem ao menos ver o paralelo com o Padre Antônio Vieira.
 
  Cara, pra mim tá 40 minutos digitando em plena madrugada eu to muito fulo...

  Sinceras desculpas ao Rafinha, Kaian, Nathália, Mari, Madruga e Gabi pela braveza, palavrões voadores e comentários desnecessários, esse tipo de coisa me tira do sério....